sexta-feira, 24 de maio de 2013

A "Marcha Para Jesus": Uma Avaliação Crítica (2ª edição revisada)*


Autor: Augustus Nicodemus Lopes**


Introdução

A "Marcha para Jesus" é um evento que acontece em muitas cidades do Brasil, patrocinado pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, e consiste basicamente numa grande passeata de evangélicos com shows gospel. O evento ocorre desde 1993 no Brasil e costumava dividir opiniões tanto na mídia secular quanto evangélica. Hoje, já mais arrefecida, a "Marcha" continua chamando a atenção, embora com menos intensidade. O presente artigo visa apresentar uma análise crítica, não do evento propriamente dito, mas das razões e argumentos apresentados para justificar o evento. Estas razões e argumentos, bem como informações institucionais e históricas sobre a Marcha estão disponíveis no sitewww.marchaparajesus.com.br (em 12/01/2005).

Histórico da Marcha para Jesus

Conforme informações do referido site, a primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987 na cidade de Londres (Inglaterra), e foi fundada pelo pastor Roger Forster, pelo cantor e compositor Graham Kendrick, Gerald Coates e Lynn Green. Portanto, não é uma invenção da Igreja Renascer do Brasil. Ela simplesmente importou a idéia para nossa pátria. No início da década de 90, a Marcha se tornara um evento de proporções continentais, ocorrendo em toda Europa. Em 1992 a Marcha para Jesus já se tornava em um movimento mundial, chegando a outros países da América, África e Ásia. No ano de 1993, chega a vez do Brasil realizar a sua primeira edição do evento, sob a orientação da Renascer. A partir daí, a cada ano, o evento toma mais e mais aspecto de show gospel, apresentação de artistas evangélicos e desfiles, sempre com muita dança ao som de pagode e axé ditos evangélicos. Em alguns locais, não sabemos se de acordo com a coordenação da Marcha ou não, políticos evangélicos têm aproveitado a oportunidade.

A Ideologia por Detrás da Marcha

Existe uma justificativa teológica elaborada para a Marcha, que procura abonar o evento à luz da Bíblia. Os pontos abaixo foram retirados do site Marcha para Jesus (www.marchaparajesus.com.br) e se constituem na "teologia da Marcha". Aliás, a maior parte deles se encontra exatamente debaixo do tópico "teologia" no site da Marcha. Segue um resumo dos principais argumentos, entre outros, seguidos de um breve comentário.
  1. A ordem de "marchar" aparentemente foi dada mediante revelação do Espírito Santo. Diz o site:
    A visão inicial da Marcha para Jesus, como qualquer outra ação em que os cristãos empreendem para Deus, está baseado [sic!] no conhecimento e na obediência. Nós acreditamos que Deus diz para nós marcharmos, e esta obediência precede uma revelação. O Espírito Santo de Deus nos conduz em toda a verdade (João 16:13) e a teologia do ato de marcharmos para Jesus emerge quando nós nos engajamos em ouvir o que o Espírito Santo está dizendo para uma Igreja atuante e batalhadora nesta terra.
    Comentário: O parágrafo acima não é claro, mas dá a entender que a visão inicial foi mediante uma revelação de Deus, seguida da obediência da Renascer, em cumprir a visão. Líderes da Renascer negam que a visão inicial foi dada por revelação. Contudo, o parágrafo acima sugere que a visão da Marcha foi dada pelo Espírito para a Renascer. Quando nos lembramos que a Renascer tem um "apóstolo" (uso o termo entre aspas, não por qualquer desrespeito ao líder da Renascer, mas porque não creio que existam apóstolos hoje à semelhança dos Doze e de Paulo), imagino que "revelações" (uso o termo entre aspas não por desrespeito às práticas da Renascer, mas porque não creio que existam novas revelações da parte de Deus hoje) devam ser freqüentes.
  2. Segundo a Renascer, a Marcha é uma declaração teológica: a Igreja está em movimento e está viva! É o meio pelo qual os cristãos querem ser conhecidos publicamente como discípulos de Jesus.
    Comentário: Se esta é a forma bíblica dos cristãos mostrarem que estão vivos e que são seguidores de Jesus, é no mínimo estranho que não encontremos o menor traço de marchas para Jesus no Novo Testamento, ou para Deus no Antigo.
  3. A Marcha é entendida como uma celebração semelhante às do Antigo Testamento, possuindo uma qualidade extremamente espontânea e alegre. Participam da Marcha jovens de caras pintadas, cartazes, roupas coloridas e canções vivazes. Isto é visto como uma celebração do amor extravagante de Deus para o mundo.
    Comentário: Na minha avaliação, o ponto acima dificilmente pode ser tomado como um argumento bíblico ou teológico para justificar o evento. As "marchas" de Israel no Antigo Testamento, não tinham como alvo evangelizar os povos - ao contrário, eram marchas de guerra, para conquistá-los ou exterminá-los, conforme o próprio Deus mandou naquela época. Fica difícil imaginar os israelitas organizando uma marcha através de Canaã, com os levitas tocando seus instrumentos e dando shows, para ganhar os cananeus para a fé no Deus de Israel!
  4. Marchar para Jesus é visto também como um ato profético que dá consciência espiritual às pessoas. Josué mobilizou as pessoas de Israel para marchar ao redor das paredes de Jericó. Jeosafá marchou no deserto entoando louvores a Deus. Quando os cristãos marcham, estão agindo profeticamente, diz a Renascer.
    Comentário: Entendo que se trata de um uso errado das Escrituras. Por exemplo: se vamos tomar o texto de Josué como uma ordem para que os cristãos marchem, por que então somente marchar? Por que não tocar trombetas? E por que só marchar uma vez, e não sete ao redor da cidade inteira? E por que não mandar uma arca com as tábuas da lei na frente? E por que não ficar silencioso as seis primeiras vezes e só gritar na sétima?
  5. Marchar para Jesus traz uma sensação natural de estar reivindicando o lugar no qual os participantes caminham. Acredita-se que assim libera-se no mundo espiritual a oportunidade desejada por Deus: "Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, eu a darei ..." (Josué 1.3).
    Comentário: Será esta uma interpretação correta das Escrituras? Podemos tomar esta promessa de Deus a Josué e ao povo de Israel como sendo uma ordem para que os cristãos de todas as épocas marquem o terreno de Deus através de marchas? Que evangelizem, conquistem, e ganhem povos e nações para Jesus através de marchar no território deles? Que estratégia é esta, que nunca foi revelada antes aos apóstolos, Pais da Igreja, missionários, reformadores, evangelistas, de todas as épocas e terras, e da qual não encontramos o menor traço na Bíblia?
  6. A Marcha destrói as fortalezas erguidas pelo inimigo em certas áreas das cidades e regiões onde ela acontece, declarando com fé que Jesus Cristo é o Senhor do Brasil.
    Comentário: Onde está a fundamentação bíblica para tal? Na verdade, este ponto é baseado em conceitos do movimento de batalha espiritual, especialmente o conceito de espíritos territoriais, e em conceitos da confissão positiva, que afirmam que criamos realidades espirituais pelo poder das nossas declarações e palavras.
  7. Os defensores da Marcha dizem que ela projeta a presença dos evangélicos na mídia de todo o Brasil.
    Comentário: É verdade, só que a projeção nem sempre tem sido positiva. Além de provocar polêmica entre os próprios evangélicos, a mídia secular tem tido por vezes avaliação irônica e negativa.
  8. Os defensores da Marcha dizem que ela projeta a presença dos evangélicos na mídia de todo o Brasil.
    Comentário: É verdade, só que a projeção nem sempre tem sido positiva. Além de provocar polêmica entre os próprios evangélicos, a mídia secular tem tido por vezes avaliação irônica e negativa.
  9. Os defensores da Marcha dizem que pessoas se convertem no evento.
    Comentário: Não nos é dito qual é o critério usado para identificar as verdadeiras conversões. Se for levantar a mão ou vir à frente durante os shows e as pregações da Marcha, é um critério bastante questionável. As estatísticas que temos nos dizem que apenas 10% das pessoas que atendem a um apelo em cruzadas de evangelização em massa, como aquelas de Billy Graham, permanecem nas igrejas. Mas, mesmo considerando as conversões reais, ainda não justificaria, pois não raras vezes Deus utiliza meios para converter pessoas, meios estes que não se tornam legítimos somente porque Deus os usou. Por exemplo, o fato de que maridos descrentes se convertem através da esposa crente não quer dizer que Deus aprova o casamento misto e nem que namorar descrentes para convertê-los seja estratégia evangelística adequada.
  10. Os defensores dizem ainda que a Marcha promove a unidade entre os cristãos. Em alguns lugares do mundo, a Marcha é concluída com um "pacto" entre as denominações, confissões e indivíduos, exigindo que cada um deles não faça mais discriminação por razões doutrinárias.
    Comentário: Sou favorável à unidade entre os verdadeiros cristãos. Mas não a qualquer preço e não qualquer tipo de união. A unidade promovida pela Marcha, sob as condições mencionadas acima, tem o efeito de relegar a doutrina bíblica a uma condição secundária. O resultado é que se deixa de dar atenção à doutrina. Em nome da unidade, abandona-se a exatidão doutrinária. Deixa-se de denunciar os erros doutrinários grosseiros que estão presentes em muitas denominações, erros sobre o ser de Deus, sobre a pessoa de Jesus Cristo, a pessoa e atuação do Espírito, o caminho da salvação pela fé somente, etc. Unidade entre os cristãos é boa e bíblica somente se for em torno da verdade. Jamais devemos sacrificar a verdade em nome de uma pretensa unidade. A unidade que a Marcha mostra ao mundo não corresponde à realidade. Ela acaba escondendo as divisões internas, os rachas doutrinários, as brigas pelo poder e as divisões que existem entre os evangélicos. Se queremos de fato unidade, vamos encarar nossas diferenças de frente e procurar discuti-las e resolve-las em concílios, reuniões, na mesa de discussão - e não marchando.
  11. Os defensores da Marcha dizem que ela é uma forma de proclamação do Evangelho ao mundo.
    Comentário: A resposta que damos é que a proclamação feita na Marcha vem misturada com apresentações de artistas gospel profissionais, ambiente de folia e danceteria, a ponto de perder-se no meio destas outras coisas. Além do mais, a mensagem proclamada é aquela da Renascer em Cristo, com a qual naturalmente as igrejas evangélicas históricas não concordariam, pois é influenciada pela teologia da prosperidade e pela batalha espiritual.
É evidente que, analisada de perto, a "teologia da Marcha" não se constitui em teologia propriamente dita. Os argumentos acima não provam que há uma revelação para que se marche, e não justificam a necessidade de os cristãos obedecerem organizando marchas. Não há qualquer justificativa bíblica para que os cristãos façam marchas, nem qualquer sustentação bíblica para a idéia de "dar a Deus a oportunidade" mediante uma marcha, ou ainda de que, marchando e declarando, se conquistam regiões e cidades para Cristo. Se há fundamento bíblico, por que os primeiros cristãos não o fizeram? Por que historicamente a Igreja Cristã nunca fez?
Pelos motivos acima, entendo que os argumentos bíblicos e teológicos apresentados para justificar a Marcha para Jesus não procedem. Nada tenho contra que cristãos organizem uma Marcha para Jesus. Apenas acho que não deveriam procurar justificar bíblica e teologicamente como se fosse um ato de obediência à Palavra de Deus. Neste caso, estão condenando como desobedientes todos os cristãos do passado, que nunca marcharam, e os que, no presente, também não marcham.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Igreja Renascer cria oferta com sorteio na Loteria Federal

"O site da igreja divulgou um vídeo falando mais sobre este projeto que recebeu o nome de “Clube Gideão”.


A coluna “Ooops”, do portal UOL, comentou nesta terça-feira (14) que a Igreja Renascer criou uma oferta onde o fiel paga R$ 60 mensais e concorre a prêmios da Loteria.
O valor seria como uma previdência privada onde o doador tem direito a indenização em caso de morte ou acidente, assistência funeral individual e assistência domiciliar. Os benefícios são garantidos pela empresa Mongeral Aegon", aqui.

Ora, esse projeto ("Clube Gideão") expressa a descaracterização do cristianismo no contexto neo pentecostal. Mas a verdade é que não podemos esperar boa coisa dos que promovem a teologia da prosperidade e comercializam o evangelho. 

Mas o que me impressiona mesmo é a seguinte constatação. Nunca os profetas do Antigo Testamento e apóstolos de Jesus apelaram para a criação de algum clube de previdência privada ou coisas desse tipo tendo em vista a necessidade do povo de Deus. O que constatamos nas Escrituras são fortes advertências contra a comercialização do sagrado. 

Essa prática remete à entrada de Jesus no templo em Jerusalém, quando Este (Jesus) o purificou (Mt 21.12,13; Mc 11.15-18; Lc 19.45-47; Jo 2.13-16). Aos olhos de Jesus, o cenário dentro do templo era terrível ao ponto dEle não se conter. Toda a sua ira foi externada contra os comerciantes e religiosos naquela ocasião. "Jesus expulsou todos os que ali vendiam e compravam" e disse que a Casa de Deus havia se transformado em "covil de salteadores". 

Da mesma forma Deus será severo para com os praticantes e adeptos da teologia da prosperidade, pois os mesmos fazem da Casa de Deus uma agência bancária, um comércio que reduz o evangelho a um produto a ser vendido ou negociado. Ai de vocês cambistas e mercenários!


Por: Anderson M. Lamarão

Fonte da notícia: 
www.gospelprime.com.br


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Uma parceria perigosa entre Gospel, Rede Globo e a Som Livre


"E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu". (Atos 16.16-18)


Qual a relação do texto bíblico com a atual parceria entre a Rede Globo, Som Livre e os evangélicos?

Em primeiro lugar, a jovem possuída pelo espírito de adivinhação não estava interessada em divulgar o Evangelho de Cristo, mas promoveu o apóstolo Paulo, seus companheiros e a mensagem da salvação. Veja que interessante, eles poderiam pensar que fosse Deus agindo em favor deles. Muitos crentes pensariam que “até os demônios reconhecem o nosso trabalho, e reconhecem Deus em nossas vidas!” Então, diriam: “quando Deus manda até o diabo obedece!” Ou “as regiões espirituais estão a nosso favor.” Pergunto a você: qual o interesse do diabo (e seu império) em que eu e você tenhamos êxito na proclamação do Evangelho? Não é estranho isso? 
Todos sabemos que há interesses escusos e comerciais por trás dessa parceria. Qual o maior interesse dessa emissora (lembrando que a mesma promove o homossexualismo, a lascívia, a imoralidade sexual, a ostentação e satanismo) em abrir espaço para a proclamação do evangelho? 

Em segundo lugar, o apóstolo Paulo foi o único entre os seus companheiros a ficar perturbado com aquela situação. Note que Paulo foi o único a manifestar discernimento espiritual. É necessário discernimento espiritual para identificar a estratégia do diabo por trás de toda essa parceria, pois ele mesmo (o diabo), se transforma em anjo de luz. O diabo lucra através dos seus aliados. 
A igreja do século XXI deve cuidar para não cair no mesmo erro dos séculos anteriores, como o catolicismo. A igreja evangélica corre um sério risco de estar fazendo parte de uma engrenagem diabólica. O desejo por fama, prestígio, sucesso, reconhecimento e poder dá nisso. Imagine se Paulo desejasse essas coisas como seria o final do seu ministério? 
O sábio pregador disse: “Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá.” Provérbios 1.32 (RCRF). Na versão RA na segunda parte do versículo declara que a impressão de bem estar nos leva a perdição”. Há muitos ministérios caídos, pensando que estão em pé. No tocante a essa postura vale ressaltar as palavras do apóstolo Paulo aos crentes da igreja localizada em Corinto: “Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente? Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus:"Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo". Portanto, "saiam do meio deles e separem-se", diz o Senhor. "Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas", diz o Senhor Todo-poderoso” 2 Coríntios 6:14-18.

Em terceiro lugar, o apóstolo Paulo expeliu o espírito maligno da jovem adivinhadora. O que fazer numa situação como essa? Num momento o diabo deixou de ser o seu adversário, mas sim, um aliado. Ele "contribuiu" para a proclamação do Evangelho. Pense: aceitamos as promoções ou as expelimos em nome do Senhor? Será que por trás dessa aliança entre o Gospel e a Rede Globo e Som Livre é legitimada pelo nobre interesse de pregar o Evangelho ou pelo desejo de status e poder? É mais fácil notar o diabo quando suas ofertas são pornográficas, subornos, mentiras, traição, adultério e etc, o difícil identificá-lo quando o mesmo se dispõe a ajudar. 

Pense nisso!

Soli Deo Gloria

Por: Anderson M. Lamarão

terça-feira, 7 de maio de 2013

Qual é o problema em gostar um pouco de pornografia?

Augustus Nicodemus Lopes 


Afinal, o que é pornografia mesmo?

Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. Os dicionários nos dizem que pornografia é o caráter imoral ou obsceno de uma publicação. Material pornográfico é aquele que descreve ou retrata atos ou episódios obscenos ou imorais. Essas definições não ajudam muito pois conceitos como "obscenos" e "imorais" são bastante subjetivos no mundo de hoje. Classificar material pornográfico em "soft" (nudez e sexo implícito) e "hardcore" (sexo explícito contendo cenas de degradação, violência e aberrações) só ajuda didaticamente. Para muitos, Playboy é uma revista pornográfica. Para outros, não. Entretanto, da perspectiva da ética bíblica, definição acima é mais que suficiente.

A popularidade da pornografia

É exatamente pela complexidade do assunto, agravado pela omissão de boa parte das igrejas no Brasil, que muitos evangélicos estão confusos quanto ao mesmo, e não poucos são viciados em alguma forma de pornografia. Aqui estão as minhas razões para essa constatação:
1) A tremenda popularidade da pornografia no mundo de hoje. Uma estatística de 1995 revelou que os americanos gastam mais em pornografia do que em Coca-Cola. Não é difícil de imaginar que a situação no Brasil não seria muito diferente. Até países antigamente fechados, como a China, em 1993 assistiu a uma enxurrada de material pornográfico em seus limites, após ter aberto, mesmo que um pouco, as suas fronteiras para receber ajuda estrangeira. Mensalmente, cerca de 8 milhões de cópias de revistas pornográficas circulam no Brasil. Em 1994 a venda de vídeos pornôs chegou perto de 500 milhões de dólares. Não é de se admirar que as locadoras reservam cada vez mais espaço nas prateleiras para vídeos pornôs. Segundo uma pesquisa, em 1992, 1 a cada 4 brasileiros assistiu a um filme de sexo explícito. O mesmo fizeram 13% das mulheres entrevistadas. Em 1995 esse número dobrou para os homens e aumentou um pouco em relação às mulheres.
2) A imensa facilidade para se conseguir material pornográfico no mundo de hoje. Como na maioria dos demais países "civilizados" (uma conhecida exceção é o Irã) material pornográfico pode ser encontrado e consumido facilmente no Brasil em diversas formas: cinema, canais abertos de televisão, televisão a cabo e no sistema "pay-per-view", Internet, fitas de vídeo, CD-ROMs com material pornográfico, gravuras, exposições de arte erótica, livros, revistas e vídeogames, entre outros. Parece não haver fim à criatividade do homem em utilizar-se dos avanços tecnológicos para a difusão da pornografia. Como disse o escritor francês Restif de la Bretone no século 18, "La dépravation suit le progrès des lumières" ("A depravação segue o progresso das luzes").

O que tem de mais em ver pornografia?

Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Menciono alguns deles em seguida:
1) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra "pornografia" nos aponta esse realidade. Ela vem da palavra grega pornéia, que juntamente com mais outras 3 palavras (pornospornê e pornéuo) são usadas no Novo Testamento para a prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo. O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sadomasoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil, envolvendo crianças de até 4 anos de idade.
2) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado. Segundo um relatório oficial em 1986, a indústria pornográfica nos Estados Unidos é a terceira maior fonte de renda para o crime organizado, depois do jogo e das drogas, movimentando de 8 a 10 bilhões de dólares por ano. Acredito que o quadro é ainda pior hoje. A indústria da pornografia apoia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de sua família. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que produz e distribui a pornografia infantil.

Pornografia e a escalada da violência

Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países "civilizados". Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação. A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz "não" na verdade está dizendo "sim", e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. A mulher é vista como objeto sexual a ser usado ao bel-prazer dos homens.
Uma outra forma de hardcore é a pornografia infantil. Esse material exibe cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Em alguns casos, crianças aparecem assistindo a cenas de sexo oral por adultos, Noutras, são violentadas e estupradas por adultos. Noutras, fazem sexo entre si. Esse material ilegal, mórbido, desumano e obsceno está disponível pela Internet até mesmo em servidores estacionados em universidades federais, conforme denúncias de jornais em dias recentes. Grandes provedores têm seções onde usuários podem bater papo sobre sexo e trocar imagens de sexo explícito com crianças, algumas delas tão degradantes, segundo uma denúncia feito pelo Instituto Gutemberg em Julho de 1997, que faz da revista "Penetrações Profundas" uma publicação para freiras.
Associado com a pornografia hardcore está o surto de violência sexual contra as mulheres e crianças nas sociedades modernas onde esse material pode ser obtido facilmente. Estudos por especialistas americanos mostram que existe uma estreita relação entre pornografia e a prática de crimes sexuais. Eles afirmam que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. O relatório oficial do chefe de polícia americano em 1991 diz: "Claramente a pornografia, quer com adultos ou crianças, é uma ferramenta insidiosa nas mãos dos pedofílicos [viciados em sexo com crianças]". A pornografia está estreitamente associada ao crescente número de estupros nos países civilizados. Só nos Estados Unidos, o número conhecido pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, que corresponde ao aumento da popularidade e facilidade em se encontrar material pornográfico. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.

Crentes "voyeurs"?

Há boas razões para acreditarmos que o número de evangélicos no Brasil que são viciados em pornografia é preocupante. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos cerca de 10% dos evangélicos estão afetados. Considerando que no Brasil a facilidade de se obter material pornográfico é a mesma — ou até maior — que nos Estados Unidos, considerando que a igreja evangélica brasileira não tem a mesma formação protestante histórica da sua irmã americana, considerando a falta de posição aberta e ativa das igrejas evangélicas brasileiras contra a pornografia, como acontece nos Estados Unidos, não é exagerado dizer que provavelmente mais que 10% dos evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia. Talvez esse número seja ainda conservador diante do fato conhecido que os evangélicos no Brasil assistem mais horas de televisão por dia que muitos países de primeiro mundo, enchendo suas mentes com programas que promovem a violência e o erotismo, e assim abrindo brechas por onde a pornografia penetre e se enraize.
Mais preocupante ainda é a probabilidade de que grande parte desse percentual é de jovens evangélicos adolescentes. Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes havia aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disse que nunca aprendeu qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses. Uma extrapolação, ainda que conservadora, para a realidade das igrejas brasileiras é de deixar pastores e pais em estado de alarma.
O escândalo envolvendo o pastor Jimmy Swaggart em 1988 revelou abertamente uma outra face do problema, que há pastores evangélicos que também são viciados em pornografia. Uma pesquisa feita em 1994 entre pastores evangélicos americanos revelou uma relação estreita entre o consumo de pornografia e a infidelidade conjugal. Por causa do receio de serem apanhados e de estragarem seus ministérios, muitos pastores optam por consumir pornografia como voyeurs a praticar o adultério de fato, embora alguns acabem eventualmente caindo na infidelidade prática. Quando eu me preparava para escrever esse ensaio, li diversos artigos sobre pornografia publicados em revistas americanas e européias de aconselhamento pastoral. Muitos deles são abertamente dirigidos para ajudar pastores viciados em pornografia.

Falta de decência

Infelizmente parece que estamos nos acostumando à falta de decência. Tornamo-nos como os pagãos. Temos a mesma atitude que eles têm para com a nudez e a exposição dos órgãos sexuais. A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia que conhecemos. Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a queda (Gn 2:25; 3:7-10). Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais, ao ponto de que havia uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Ex 20:26). Cão, o filho de Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como "nudez" (Lv 18), "pele nua" (Ex 28.42), "membro viril" (Dt 23.1), "entre os pés" (Dt 28.57) e "parte indecorosa" (1 Co 12.23), só para citar alguns exemplos.

Podemos fazer alguma coisa, sim!

Acredito que os pastores e as igrejas evangélicas no Brasil podem fazer algumas coisas: ler os estudos e relatórios sobre os efeitos da pornografia feitos por comissões especializadas; pregar sobre o assunto e especialmente dar estudos para grupos de homens; desenvolver uma estratégia pastoral para ajudar os membros das igrejas que são adictos à pornografia; não esquecer que muitos pastores podem precisar de ajuda eles mesmos; criar comissões que se mobilizem ativamente contra a pornografia, utilizando-se dos dispositivos legais que o permitam (uma possibilidade é encorajar os políticos evangélicos a tomar posições bem definidas contra a pornografia); desenvolver uma abordagem que trate da sexualidade de forma bíblica, positiva e criativa; tratar desses temas desde cedo com os adolescentes da Igreja expondo o ensino bíblico de forma positiva; orar especificamente pelo problema.
Não estou pregando uma cruzada de moralização, embora evidentemente a igreja evangélica brasileira poderia tirar bastante proveito de uma. A pornografia é um mal de graves conseqüências espirituais e sociais embora não acredite que devamos fazer dela o inimigo público número 1, como algumas organizações moralistas e fundamentalistas dos Estados Unidos. Afinal das contas, a raiz desse problema — e de outros — é o coração depravado e corrompido do homem, que só pode ser mudado pelo Evangelho de Cristo. Hitler conseguiu em 4 anos banir da Alemanha todas as formas de pornografia e perversão e incutir na geração jovem de sua época a aspiração por altos valores morais e pela pureza da raça ariana. Os motivos eram errados e o projeto de Hitler acabou no desastre que conhecemos. Não acabaremos com a depravação moral somente com leis e discursos políticos. Jack Eckerd, um empresário milionário dono de um negócio que rendia mais de 2,5 milhões de dólares por ano, ao se converter a Cristo em 1986, determinou que todas as publicações pornográficas vendidas em suas 1.700 lojas fossem retiradas, mesmo que isso significasse a perda de alguns milhões de dólares anuais. Quando o coração é mudado as mudanças morais seguem atreladas.


domingo, 5 de maio de 2013

O que há por trás da sua armadura?

                                                                             

Fui na estreia do filme “O Homem de Ferro 3. Foi emocionante assistir com meus amigos as aventuras desse grande herói patenteado pela Marvel. 

No filme, o famoso Tony Stark, tem de enfrentar o vilão Mandarim e essa não seria uma tarefa fácil nem mesmo para o Homem de Ferro. No filme, Tony é alvejado pelo vilão, e além de ter de enfrentá-lo, precisou vencer seus "surtos" repentinos de ansiedade. Dessa vez o Homem de Ferro foi extremamente abatido e por pouco sua vida de herói não fora encerrada nessa batalha contra o Mandarim. Mas como em todas as histórias de super heróis, no final das contas, ele consegue dar a volta por cima e sair triunfante para a felicidade dos espectadores. Isso me fez recordar o gosto por HQs (Histórias em Quadrinhos), e o quanto esses super heróis da Marvel fizeram parte da minha infância e pré-adolescência. 

A minha vocação nata por desenhos acabou contribuindo para essa aproximação com o mundo dos heróis e vilões dos gibis. Era o meu hobby copiar esses personagens e criar histórias contendo outros de minha autoria. Essa facilidade em desenhar me trouxe muitos benefícios no colegial. Quando mais novo os super heróis eram uma referência para mim. Mas eu cresci. Agora, as minhas referências não possuem máscaras, capas, martelos, visão raio x e nem armaduras. Tenho uma perspectiva bem diferente dos super heróis das HQs. Hoje vejo que todos eles possuem fragilidades, até mesmo o Homem de Ferro. 

A grande verdade é que por trás de toda roupagem de herói, sempre existiu uma fragilidade embutida. E assim como eles, diversas pessoas no mundo escondem dentro de suas "armaduras", as suas fraquezas, derrotas, fracassos, dores, traumas, frustrações e etc. 

Embora Tony Stark fosse famoso, inteligente, próspero e vestisse o seu terno de ferro para salvar o mundo, ele não era um homem de ferro, mas sim, uma pessoa frágil e vulnerável. Ora, podemos afirmar, que essa é uma característica de todo ser humano.


Na Escritura Sagrada, está registrada a história de Naamã, comandante do exercito do rei da Síria (2Reis 5.1-19).  Naamã era um comandante respeitado, honrado, abençoado por Deus (mesmo não sendo convertido a Ele), vitorioso nas batalhas e com muito prestígio, de fato um grande guerreiro. Sem dúvida, Naamã foi um herói para o exército da Síria e provavelmente o "Homem de Ferro" para a "rapaziada" de sua geração. 

Não obstante suas características fossem admiráveis, a Escritura afirma que ele era um homem leproso, veja: "Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era muito respeitado e honrado pelo seu senhor, pois por meio dele o Senhor dera vitória à Síria. Mas esse grande guerreiro ficou leproso" (2Reis 5.1). 

Por trás de sua armadura havia um homem frágil, vulnerável e necessitado da graça de Deus. Da mesma forma, diversas pessoas no mundo, bem sucedidas e admiráveis, escondem sua lepra por trás de uma armadura e tentam manter uma aparência de super heróis. A grande verdade é que não somos perfeitos e nem imbatíveis, mas insistimos em camuflar essa condição diante de Deus e dos homens. A questão é que as nossas armaduras são incapazes de nos proteger o suficiente, e nos tornar invulneráveis nesse mundo caído. De fato, todos sofrem com a malignidade do pecado e isso nos compromete terrivelmente. A Escritura afirma que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus..." Rm 3.23. Acerca da estrutura humana declarou o salmista: "...pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. A vida do homem é semelhante à relva... Salmos 103:14-15. O apóstolo Pedro também declarou: Pois, "toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor”...    1 Pedro 1:24. Portanto, não adianta vestir uma bela "armadura de super-herói", e sair por aí vendendo uma imagem de invulnerável, porque por trás de toda essa aparência "blindada", Deus conhece a estrutura humana.


Para que Naamã fosse curado de sua lepra era necessário se despir no Jordão. Era necessário se despir de suas preferências e caprichos pagãos à vista de sua comitiva e de Deus. Temos de admitir que o pedestal e o status são mais atraentes e não gostamos da ideia de que temos de descer da posição de super heróis. Enquanto não nos despirmos da nossa armadura, não desfrutaremos plenamente a graça de Deus. Foi por essa razão, que Naamã foi persuadido até se despir de sua arrogância, orgulho e vontade e ao mergulhar no rio Jordão reconheceu a grandeza de Deus. No caso de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, a experiência no Jordão foi profundamente marcante e sua vida teve uma mudança significativa, veja o que diz a Escritura: "Assim ele (Naamã) desceu ao Jordão e mergulhou sete vezes conforme a ordem do homem de Deus; ele foi purificado e sua pele tornou-se como a de uma criança. Então Naamã e toda a sua comitiva voltaram à casa do homem de Deus. Ao chegar diante do profeta (Eliseu), Naamã lhe disse: "Agora sei que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel" 2Rs 5.14,15. 

Já o famoso Tony Stark, teve que dispor um grande exército de soldados de ferro e contar com os truques de sua armadura para triunfar contra o vilão Mandarim. 

Deus é mais poderoso do que qualquer exército de homens de ferro, e nos proporciona graça, favor e misericórdia. No mundo real, não podemos contar com a nossa armadura, temos de contar com a de Deus, de Ef 6. Pois Ele é a nossa maior garantia de sempre estarmos protegidos. 

Por fim, se o Jordão foi a providência Divina para a transformação da condição de Naamã, então Jesus é a providência de Deus para que nós, pecadores, tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10.10). O profeta Isaías predisse que Ele (Jesus) foi ungido para: “...levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória” Isaías 61:3. E essa profecia teve o seu cumprimento (Lc 4.17-20). O evangelista Mateus também compartilhou o apelo feito por Jesus aos abatidos: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso" (Mt 11.28). No mesmo evangelho está escrito: "Jesus disse: "não são os que tem saúde que precisam de médico, mas sim os doentes" (Mt 9.12). Jesus é a ajuda do Alto que todos precisam. Por meio dEle nos tornamos novas criaturas e recebemos a vida eterna. A única solução para suprir a nossa carência de Deus não está em uma armadura, mas está em Jesus – o Infinito Deus-Homem. 

Por: Anderson M. Lamarão

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Vire homem!


Paul Washer, conta uma breve história sobre dois jovens que voluntariamente foram vendidos para serem escravos afim de serem testemunhas de Cristo. Enquanto esses jovens partiam à vista dos seus pais, igreja e tudo mais, fizeram a seguinte declaração: "não teria total recompensa o Cordeiro por sEu sofrimento?"

Não é comum em nossa época ouvir histórias como a desses jovens. Ao contrário disso, no tocante as coisas de Deus, os jovens evangélicos do século XXI possuem rótulos de serem dispersos e superficiais.

Paul Washer, desafia seus alunos a viverem a fé cristã com maior intensidade. Sua exortação nesse vídeo é para que os seus alunos se posicionem como verdadeiros homens de Deus e se unam a esses jovens no campo missionário, pois os mesmos abriram mão de sonhos, conforto, segurança, etc.

É triste ver os rapazes evangélicos desperdiçando suas vidas com entretenimentos e dispersos na igreja. Para os jovens com esse perfil, Paul Washer, desafia a uma mudança radical de vida. 

O propósito de termos sido salvos, tem um valor maior do que as nossas aspirações pessoais. Por essa razão não podemos desperdiçar as chances que temos para testemunhar, temos de fazer a nossa vida valer apena nesse mundo mesmo que seja necessário morrer. Para isso é necessário remover as barreiras que provocam as distrações nos jovens, a começar pelos círculos de relacionamentos e preferências dos jovens cristãos.  

Paul Washer sugere que os rapazes se afastem dos meninos rotulados e se unam aos jovens que se tronaram escravos para testemunhar. E a recomendação para as moças é que deixem de lado os modismos da atualidade para viverem na perspectiva da eternidade.
  
Finalmente, as palavras "não teria total recompensa o Cordeiro por sEu sofrimento?" devem ecoar nas mentes e corações dos jovens do século XXI.

Por: Anderson M. Lamarão

O vídeo foi traduzido por: CristianismoEmFoco